segunda-feira, 22 de março de 2010

Cães

Cão ou cachorro (Canis lupus familiaris[1]) é um mamífero canídeo e talvez o mais antigo animal domesticado pelo ser humano. Teorias postulam que surgiu da domesticação do lobo cinzento asiático pelos povos daquele continente há cerca de 100.000 anos.[2][3] Ao longo dos séculos, através da domesticação, o ser humano realizou uma seleção artificial dos cães pelas suas aptidões, características físicas ou tipos de comportamentos. O resultado foi uma grande variedade (mais de 400 raças[3]) canina, que actualmente são classificadas em diferentes grupos ou categorias. O vira-lata (Brasil), ou rafeiro (Portugal) é a denominação dada aos cães sem raça definida, SRD, ou mestiços, descendentes de diferentes raças.

O cão é um animal social que na maioria das vezes aceita o seu dono como o “chefe da matilha” e possui várias características que o tornam de grande utilidade para o ser humano, possui excelente olfacto e audição, é bom caçador e corredor vigoroso, é actualmente omnívoro, é inteligente, relativamente dócil e obediente ao ser humano, com boa capacidade de aprendizagem. Desse modo, o cão pode ser adestrado para executar grande número de tarefas úteis ao homem, como cão de caça; pastorear rebanhos; como cão de guarda para vigiar propriedades ou proteger pessoas; farejar diversas coisas; resgatar afogados ou soterrados; guiar cegos; puxar pequenos trenós e como cão de companhia. Estes são alguns dos motivos da famosa frase: "O cão é o melhor amigo do homem". Não se tem conhecimento de uma amizade tão forte e duradoura entre espécies distintas quanto a do humano e do cão.

 

Cães

Origem e evolução

Origem

É quase certo que o cão originou-se do lobo cinzento ou de outra espécie de Canis lupus[4]. Isso significa que o cão doméstico surgiu do lobo e que deste é, no máximo, uma raça ou variedade ou uma subespécie. Por causa disso, o antigo nome científico do cão Canis familiaris, dado por Carolus Linnaeus em 1758, foi trocado para Canis lupus familiaris.

 

Ancestrais e a história da domesticação

As origens do surgimento do cão doméstico baseiam-se em suposições, por se tratar de ocorrências de milhares de anos atrás. Uma das teorias é a de que os cães domésticos surgiram há 10.000 anos atrás por seleção artificial de filhotes de lobos cinzentos e chacais que viviam em volta dos acampamentos humanos[carece de fontes?] pré-históricos, alimentando-se de restos de alimentos ou carcaças deixadas como resíduos pelos caçadores-colectores. Os seres humanos perceberam que havia certos lobos que se aproximavam mais do que os outros e reconheceram certa utilidade nisso, pois eles davam alarme da presença de outros animais selvagens, como outros lobos ou grandes felinos. Eventualmente, alguns filhotes foram capturados e levados para esses acampamentos humanos, na tentativa de serem criados ou domesticados.

Com o passar do tempo, os animais que, ao atingirem a fase adulta, se mostravam ferozes, não aceitando a presença humana, eram descartados ou impedidos de se acasalar. Deste modo, ao longo do tempo, houve uma seleção de animais dóceis, tolerantes e obedientes ao ser humano, aos quais era permitido o acasalamento e que, quando adultos, eram de grande utilidade, auxiliando na caça e na guarda do acampamento. Isto levou eventualmente à criação dos cães domésticos.

Deste modo, postula-se que muitas das características dos cães, como a lealdade ao dono e o instinto territorial e de caça, foram herdados do comportamento em alcateia característico do lobo. Diz-se também que a importância do cão para o ser humano seja muito maior do que imaginamos. Ou seja, com o mesmo a auxiliar na caça e a vigiar acampamentos, o ser humano teve oportunidade de desenvolver a fala, entre outros atributos e superar o robusto Homem de Neanderthal

Os cães aparecem em pinturas pré-históricas de cavernas, em cenas de caça. Através da Arqueologia, foram encontrados inúmeros objectos com cães como motivos decorativos, tais como cabos de faca entalhados com o desenho de um cão com coleira.

Na Mitologia egípcia do Antigo Egipto, os cães também eram mumificados para a representação de Deuses. Neith, esposa de Rá, é a deusa da caça que abre os caminhos, que tem por animal sagrado o cão.

As diferenças entre as raças de cães já eram aparentes na Antiguidade. No Império Romano, os grupos caninos já tinham as suas características básicas similares às de hoje. Molossos, spitzs, pastores, entre outros já eram selecionados por suas aptidões e estrutura. Foram encontradas placas nas casas de Pompéia, com a inscrição cave canem (cuidado com o cachorro), explicitando que os cães já eram utilizados por aquele povo como guardiões, denotando a sua diversidade funcional.

Desde a Idade Média, a imagem do cão encontrou lugar de destaque nos brasões de grandes famílias e também na heráldica.

 

Desenvolvimento das raças caninas

Cães tem sido criados em uma variedade de formas, cores e tamanhos tão grande que a variação pode ser ampla mesmo dentro de uma só raça, como acontece com esses Cavalier King Charles Spaniel.

Existem mais de 800 raças de cães, reconhecidas por vários clubes em todo o mundo. Muitos cães, especialmente fora dos Estados Unidos da América e da Europa Ocidental, não pertencem a nenhuma raça reconhecida. Há alguns tipos básicos de raça que têm evoluíndo gradualmente seu relacionamento com os seres humanos ao
longo dos últimos 10.000 anos ou mais, mas todas as raças modernas são, relativamente, derivações recentes. Muitos destes são o produto de um deliberado processo de seleção artificial. Devido a isto, algumas raças são altamente especializadas, e há extraordinária diversidade morfológica entre diferentes raças. Apesar destas diferenças, os cães são capazes de distinguir cães de outros tipos de animais.

 

A definição de uma raça canina é uma controvérsia. Dependendo do tamanho da população original de fundadores, raças de pool de genes fechados podem ter problemas de endogamia, especialmente devido ao efeito fundador. Criadores de cães estão cada vez mais conscientes da importância da genética das populações e da manutenção de diversos pool de genes. Algumas organizações definem uma raça mais vagamente, de tal forma que um indivíduo pode ser considerado de uma raça, enquanto 75% da sua filiação é de outra raça.

Vira-lata ou Rafeiros (também chamados de "SRD" - de "Sem Raça Definida") são cães que não pertençam a raças específicas, sendo misturas na variante mais de duas percentagens. Sem raça pura cães e cães são adequadas tanto como companheiros, os animais de estimação, cães de trabalho, ou concorrentes no cão esportes. Às vezes diferentes raças de cães são criadas deliberadamente, a fim de criar inter-raças, como o Cockapoo, uma mistura de Cocker Spaniel e Poodle Miniatura. Esses tipos de cães podem exibir um certo grau de vigor híbrido e de outras características desejáveis, mas podem herdar qualquer uma das características desejadas dos seus pais, tais como o temperamento ou de uma determinada cor ou tipo de pêlo. Sem análises genéticas dos pais, os cruzamentos podem acabar por herdar defeitos genéticos que ocorrem em ambas as raças parentais.

A raça é um grupo de animais que possui um conjunto de características hereditárias que a distingue de outros animais dentro da mesma espécie. Cruzar duas ou mais raças é também uma forma de criação de novas raças, mas é apenas uma raça quando haver descendência de um determinado conjunto de características e qualidades.

 

Características

Devido a grande variedade de raças existentes as características dos cães são diversas. Um cão pode ter de 1 kg até cerca 70 kg, variando de acordo com a sua raça.[5]

 

Os sentidos dos cães

Os cães pertencem a família dos canídeos, da qual fazem parte também, os lobos. Esta família de predadores possui sentidos apurados para a captura de presas e para proteção da matilha[6].

* Olfato

O nariz super sensível de um cachorro.

Os cães possuem trinta vezes mais sensores olfativos que um ser humano. Tal capacidade apurada permite a um cão adestrado/policial, por exemplo, localizar drogas, minas terrestres e pessoas sob escombros.

* Audição

O cão é capaz de ouvir sons quatro vezes mais distantes que o homem. O animal é capaz ainda de ouvir ultra-sons que chegam até 60kHz, considerados inaudíveis para o ser humano (que os escutam até 20kHz, por exemplo).

* Visão

A visão noturna dos cães é muito mais apurada que a dos humanos. Seu ângulo de visão também é mais amplo, devido a posição de seus olhos, localizados ao lado da cabeça. Os cães, assim como todos os mamíferos não-primatas, são ditos dicromatas e não conseguem enxergar a cor verde e vermelho.

 

Tamanho

* A raças mais altas são o Dogue Alemão e o Irish Wolfhound, cuja estatura varia entre os 90 cm e um metro.

* A raça de cão mais pesada é o Mastiff Inglês, que ultrapassa facilmente os 110 kg.

* A menor raça de cão-de-guarda é o Pinscher Miniatura.

* A menor raça de cães do mundo é o Chihuahua.

 

 

Grupos de raças caninas

De acordo com a CBKC (Confederação Brasileira de Cinofilia), órgão filiado ao FCI (Fédération Cynologique Internationale), existem onze grupos de raças no Brasil:

* Grupo 1: Cães pastores e Boiadeiros (exceto Boiadeiros suíços)

* Grupo 2: Pinscher e Schnauzer, Molossóides, Boiadeiros e Montanheses suíços e raças semelhantes

* Grupo 3: Terrier

* Grupo 4: Dachshunds

* Grupo 5': Spitz e cães do tipo primitivo

* Grupo 6: Sabujos farejadores e raças semelhantes

* Grupo 7: Cães apontadores ou Pointers

* Grupo 8: Cães d'água, Levantadores e Retrievers

* Grupo 9: Cão de companhia

* Grupo 10: Lebréis ou Galgos

* Grupo 11': Raças não reconhecidas pela FCI, como American Pit Bull Terrier, Dogue brasileiro, Ovelheiro Gaúcho e o Bulldog Americano, entre outros.

Vira-lata (Brasil), ou rafeiro (Portugal) é a denominação dada aos cães ou gatos sem raça definida, SRD, como são geralmente referenciados em textos veterinários. Geralmente os cães e gatos considerados sem raça definida são mestiços, descendentes de diferentes raças.

 

Relacionamento com o homem

"De todos os animais que conhecemos é o cachorro o que mais se uniu a nós. Sejam príncipes que lhe dão farta comida e leito de plumas, ou mendigos que dormem ao relento e só podem oferecer-lhe uma pequena parte das suas próprias migalhas, idêntica é a sua afeição e dedicação, e com igual amor lambe a mão ornada de jóias e os dedos trêmulos, consumidos de doenças e fome."

Théo Gygas, em "O cão em Nossa Casa"

 

Algumas raças de cão possuem características específicas que os fazem se destacar em algumas tarefas. Para desenvolver mais estas características os cães normalmente são domesticados e adestrados para obedecerem ao dono e para reagir corretamente a determinadas situações. Segue abaixo alguns usos dos cães pelo homem.

* Cão-Guia de Cego - um cão adestrado para guiar pessoas cegas ou com deficiência visual grave, ou auxiliá-los nas tarefas caseiras.

* Cão-ouvinte- um tipo específico de cão para assistência, especificamente seleccionado e treinado para ajudar os surdos, ou deficientes auditivos, alertando o seu manipulador de sons importantes, tais como campainhas, alarmes de incêndio, toque de telefones, ou alarme de relógio. Eles também podem trabalhar fora de casa, alertando para sons tais como a sirenes, empilhadores, aproximação de pessoas por trás do surdo, e o chamamento do nome do manipulador.

* Cão de guarda - é um cão empregado em guardar ou vigiar contra animais ou pessoas indesejáveis ou inesperadas.

* Cão de caça - se refere à qualquer cão que dê assistência à humanos na caça. Tem vários tipos de cães de caça desenvolvidos para muitas tarefas que os caçadores requerem que eles executem. As principais categorias de cão de caça incluem hounds, terriers e perdigueiros. Entre esses existem divisões de acordo com as habilidades que o cão possui.

* Cão de companhia - geralmente designa um cão que não trabalha, proporcionando apenas companhia como um animal doméstico, ao invés de fazer tarefas específicas com algum propósito importante.

 

Cães na cultura humana

Ao longo da história da humanidade, muitos cães vieram a ter destaque por acções heróicas, como exemplo de fidelidade aos donos ou mesmo a fama por figurar nos media. De entre os cães mais famosos, contam-se:

* Balto - cão vira-lata (metade husky siberiano, metade lobo), herói no Alasca em 1925;

* Barney - scottish terrier de George W. Bush;

* Barry - cão são-bernardo, herói nos Alpes suíços de 1800 a 1812, tendo salvado ao longo de sua vida mais de 40 pessoas perdidas na neve; seu corpo está embalsamado em um museu em Berna e Barry foi homenageado com uma estátua em Oslo [1];

* Beautiful Joe - mestiço de fox terrier e bull terrier e inspiração para o best seller de mesmo nome;

* Blondi - cadela pastor alemão de Adolf Hitler;

* Fala - animal de estimação de Franklin Roosevelt;

* Laika - cadela rafeira russa, primeiro ser vivo a entrar em órbita espacial.

* Marley - Do livro e do filme Marley e Eu;

* Moose - cão da raça jack russel terrier, intérprete do personagem Eddie do seriado Frasier;

* Pickles - cão que desvendou o desaparecimento da Taça Jules Rimet, na Inglaterra, em 1966;

* Snuppy - o primeiro cão clonado

 

Na mitologia

* Cérbero - cão monstruoso, com três cabeças, da mitologia greco-romana.

* Fenrir - um enorme lobo negro, filho do deus Loki, na mitologia nórdica.

* Skoll - filho de Fenrir, que perseguia o Sol para o destruir. mitologia nórdica.

* Hati - filha de Fenrir, que perseguia a Lua para a destruir. mitologia nórdica

* Argos - cão de Odisseu, da Odisséia de Homero, foi o único a reconhecer o dono quando esse voltou para casa, depois de ter ficado vinte anos fora, e morreu depois disso. mitologia grega.

* Hokou - Gobi - Besta de 5 caldas da mitologia japonesa também aparece no anime/mangá Naruto.

 

Na ficção

A ficção produziu inúmeros cães, que povoam desde a literatura, até ao cinema passando pela banda desenhada. De entre eles:

* 101 Dálmatas - filme da Disney de 1996.

* Banzé - filhote bagunceiro da Dama e do Vagabundo, do filme de animação da Disney Lady and the Tramp, de 1955;

* Bidu - o cão azul da raça schnauzer criado por Maurício de Sousa;

* Eddie - cão da raça jack russel terrier, personagem do seriado estadunidense Frasier;

* Fá - Cadela da personagem de Sofia Alves na telenovela O Teu Olhar , esta cadela criou grande impacto junto dos telespectadores da mesma novela.A cadela chegou a ser vitima de maus tratos num dos episódios da novela.

* Floquinho - cão da raça lhasa apso, criado por Maurício de Sousa;

* Fofão - personagem do programa infantil Balão Mágico.

* Fofo - o Cérbero cão de Rúbeo Hagrid, da série Harry Potter de J. K. Rowling.

* Idéiafix - minúsculo companheiro do Obelix;

* Lassie - cadela da raça collie (na verdade um macho) que protagonizava seriado de televisão e estrelou, em 1943, um filme ao lado de Elizabeth Taylor;

* Marley - Protagonista do filme e do livro escrito e vivido por Jonh Grogan, Marley & Eu (em inglês Marley & Me) mostra a construção de uma família ao lado do pior cão do mundo, com o maior coração de todos.

* Max - Max era o protagonista da série Inspector Max onde resolvia vários misterios.

* Milu - cão da raça fox terrier, companheiro de aventuras de Tintim;

* Nina - era a cadela inseparável de Clarinha (Filipa Maló Franco) na série Super Pai a cadela era da raça yorkshire terrier e apaixomou os telespectadores da série.

* Pelópidas - cão que acompanha os eus donos em várias aventuras e mistérios na série da tvi , O Bando dos Quatro;

* Pluto - cão da raça Bloodhound, companheiro de Mickey da Disney;

* Rin Tin Tin - cão da raça pastor alemão que estrelou a popular série de televisão dos anos 60, As aventuras de Rin Tin Tin;

* Scooby-Doo - personagem de desenho animado representando um cão da raça dinamarquês, criado no ano de 1969 por Iwao Takamoto;

* Snoopy - cão da raça beagle, personagem da história em quadrinhos Peanuts, criado por Charles Schulz;

* Totó - cão da série fictícia de o Mágico de Oz, do escritor norte-americano, L. Frank Baum, e que popularizou de tal forma este nome que passou praticamente a sinónimo deste animal;

Cães de trabalho: quem são eles?

caesdetrabalhoVocê fica desesperado quando chega uma visita na sua casa e o seu cão pula em cima dela, e quer brincar de qualquer jeito? Ele fica eufórico, corre para todo lado e não pára até se sentir exausto. Sem contar os dias que ele parece encasquetar com alguma coisa e não desiste até conseguir.

Não se desespere… você pode ter em sua casa um cão de trabalho!

O cão de trabalho trabalha em quê?

Se o seu cachorro é agitado demais, teimoso, e te ama tanto que chega a te derrubar de tanto amor, saiba que estas são características perfeitas de um ótimo cão de trabalho.

Isso não quer dizer que você deve arrumar um emprego pro seu cachorro…

Na verdade, os “cães de trabalho” são animais que herdaram características voltadas ao trabalho, como o Border Collie que adora pastorear, o Labrador, o Retriever e outros que sentem prazer ao trabalhar e ajudar seu dono, mesmo que estejam cansados, ou sendo uma tarefa muito difícil e demorada de ser concluída.

Desempregado

O problema é quando o cão de trabalho não tem o que fazer… aí ele vira essa bomba de excitação que deixa o dono em pânico quando explode. Mas não se preocupe… Aí vão algumas dicas que podem ajudar a descarregar tanta energia sem maiores estragos.

Dicas para o desocupado

A primeira é: não deixe o seu cão descobrir que gosta do que ele foi feito para gostar!

Pode parecer coisa de doido, mas se você evitar, por exemplo, que seu labrador saiba como é gostoso deitar no chão molhado, ele não vai virar a vasilha de água pra se refrescar. Mas como fazer isso? Arrume uma vasilha, daquelas bem pesadas, muito fáceis de encontrar em qualquer Pet Shop, ou então fixe a que você já tem em casa no chão. Assim o seu cachorro jamais descobrirá o quanto é bacana ficar todo molhado, e você não vai ter que limpar toda a bagunça dele e ainda tomar aquela bronca da sua mãe.

Outra forma é ajudar o cachorro a canalizar essa energia em outras atividades que não sejam exatamente pular em você ou em sua visita o tempo todo. O intuito é satisfazer pelo menos uma parte das necessidades do cão de trabalho.

Por exemplo: se o seu cachorro fica muito excitado quando você chega em casa, pode ser ensinado a correr bastante em volta do sofá da sala para extravasar toda essa ansiedade. Ou então, pode ser incentivado a trazer uma bola na boca para mastigar, ao invés de abocanhar a canela do seu namorado novo ou mastigar suas roupas.

domingo, 21 de março de 2010

Lidando com a gravidêz piscológica

A cadela começou a raspar cantinhos da casa, simulando cavar? Protege uma área ou objeto? Fica ansiosa e choraminga? Atitudes como essas, aliadas a uma eventual falta de apetite, podem indicar gravidez psicológica caso não tenha ocorrido acasalamento. Alexandre Rossi explica o que se pode fazer quando a gravidez é psicológica

A gravidez psicológica, ou pdeudociese, ocorre em mais de 50% das cadelas não castradas. Além das mudanças comportamentais, ela causa alterações físicas, como o desenvolvimento das glândulas mamárias e a produção de leite, chegando a surpreender muitos proprietários. Como isso foi acontecer se a fêmea nem esteve com um macho?

Como surge?
Do ponto de vista fisiológico, a gravidez psicológica é um engano do organismo. É gerada por alterações hormonais, capazes por si só de influenciar o comportamento e o desenvolvimento de tecidos mamários. Portanto, para que a “gravidez” ocorra, não é preciso haver filhotes no útero.

A confusão parece acontecer quando diminui bruscamente o hormônio progesterona, presente durante o cio e por mais dois meses. Quando a cadela está para dar a luz, cai o nível de progesterona, o que estimula a produção do hormônio prolactina. A prolactina, por sua vez, age no tecido mamário, podendo ativar a produção de leite e também causar o comportamento maternal. É comum as cadelas desenvolverem gravidez psicológica após a castração, se realizada até três meses depois do início do cio. Com a retirada dos ovários, que produzem a progesterona, há a interrupção da produção desse hormônio e a liberação da prolactina pela hipófise, localizada no cérebro.

Por que é comum?
À primeira vista, fica difícil imaginar como a gravidez psicológica se tornou comum na espécie canina. Mas, se pensarmos numa alcatéia (grupo de lobos), a coisa fica mais fácil. Nela, só os indivíduos dominantes costumam se reproduzir. E eles, tanto os machos como as fêmeas, são também os melhores e mais corajosos caçadores.


As lobas não dominantes que desenvolviam gravidez psicológica podiam cuidar, com perfeição, dos filhotes das fêmeas dominantes, já que apresentavam os comportamentos necessários para tal, e até amamentavam. Graças a essa ajuda, as fêmeas dominantes podiam caçar e conseguir alimento para o grupo. Com isso, as fêmeas que cuidavam dos filhotes se aproximavam afetivamente da líder e desenvolviam um bom relacionamento com a próxima geração. E ser influente numa alcatéia é importante para a sobrevivência e para a escalada hierárquica.

O que fazer?
Quando ocorre a gravidez psicológica, há quem deseje interrompê-la para a cadela voltar logo ao normal. Medicamentos que inibem a prolactina fazem cessar rapidamente a produção do leite e o comportamento maternal.


Sem medicação, a gravidez psicológica costuma terminar em duas semanas. Alguns proprietários preferem aproveitar essa fase para admirar o comportamento materno das suas cadelas. Apreciam vê-las adotar e proteger os filhotes imaginários, na forma de bichos de pelúcia, de bolinhas e até de controle remoto de TV! Uma das atitudes destinadas à proteção dos filhotes é cavar – serve para lhes preparar uma toca.

Devemos retirar os filhotes imaginários?
Algumas pessoas, para impedir que a cadela adote objetos, têm atitudes como tirá-la do cantinho que escolheu e esconder seus brinquedos. Tais procedimentos podem aumentar a ansiedade da cadela e estimular comportamentos compulsivos. Deixá-la a vontade é a maneira mais respeitosa de lidar com a situação.

Evitar agressividade
A cadela pode ficar com ciúme dos filhotes imaginários e se tornar agressiva para protegê-los. Mostre que você não irá roubá-los. Para isso, ao se aproximar dela, ofereça um petisco ou brinquedo. A maioria das fêmeas deseja a aproximação de alguém que, além de não ser ameaça, traga coisas gostosa.

Complicações com as mamas
O aumento das mamas é normal durantes a gravidez psicológica e o leite produzido acaba sendo reabsorvido pelo corpo da fêmea. Mas às vezes ocorre a mastife – inflamação nas glândulas mamárias. Por isso, se surgirem carocinhos, dores ou pele avermelhada, não deixe de consultar um médico-veterinário. A produção de leite pode aumentar ou durar mais tempo se as mamas forem estimuladas. É melhor, portanto, evitar manuseá-las. E se a cadela praticar auto-sucção das mamas, pode ser recomendado impedi-la com um colar elisabetano (posto em volta do pescoço torna impossível o contato da boca com o próprio corpo).

Dicas para o cão não subir nos móveis

Os cães sobem nos móveis ou porque foram ensinados ou porque são recompensados ao subirem. Quando o cão pula no sofá, por exemplo, além de conseguir a nossa atenção, o próprio sofá o recompensa, pois torna a sonequinha do bicho superconfortável. O truque é impedir que ele seja recompensado ao pular. Mas como evitar que aquele sofá macio, gostoso de deitar, não torne a soneca do seu cão mais agradável? Aí vai uma dica: coloque algo que deixe o móvel desconfortável. Tiras de fita adesiva viradas pra cima assustam o cachorro, pois, quando ele as toca, ficam presas no pêlo dele, causando uma sensação de desconforto. Depois disso, o cão não tentará subir no sofá por algum tempo. Uma outra saída é colocar papel filme – do tipo que serve pra vedar pratos de comida – sobre o sofá. Mas cuidado com os cães que costumam comer tudo que vêem pela frente, pois pode fazer mal… Nesses casos, procure estar perto para evitar que o cachorro engula o plástico ou as fitas.

Dicas para o cão não pular nas pessoas

Este é um problema muito fácil de ser resolvido, a dificuldade só existe quando os proprietários tentam corrigi-lo da maneira errada. Ao longo da convivência, os cachorros aprendem que pular nas pessoas é uma das melhores táticas para conseguir atenção. A maioria dos proprietários passa anos dando broncas no cão para que ele pare de pular e não entende por que ele não pára… A explicação é simples: quando o dono dá bronca no cachorro, também está dando atenção a ele. O grande truque é punir o cão sem lhe dar atenção. Por exemplo: quando chegar em casa e ele pular em cima de você, simplesmente ignore-o e continue andando. Só lhe dê atenção quando ele estiver com as quatro patas no chão. Repita o exercício várias vezes e ignore o cachorro completamente até que ele permaneça no chão, só então se agache e faça carinho nele. Uma outra saída é segurar as patas da frente do cão assim que ele pular em você. Espere um pouco até que ele se sinta incomodado. Segure firme, mas não o machuque. Comece a andar na direção do cão, obrigando-o a andar pra trás. Solte-o e diga “Chão” seriamente. O segredo é não falar nada e nem olhar para o cachorro até o momento de soltá-lo.

Que faro!

Os cães são capazes de diferenciar e identificar odores que nós nem percebemos. Eles conseguem sentir pelo faro a presença de uma gota de sangue diluída em 20 litros de água, identificar rastros de pessoas mesmo passados vários dias, e dependendo do vento e das correntes de ar, até farejar o cio de uma fêmea a um raio de 2 quilômetros. É justamente por causa dessa tremenda capacidade que os cães são utilizados para detectar drogas, seguir trilhas deixadas por humanos, entre outras finalidades semelhantes. Os cachorros possuem cerca de 200 milhões de receptores para odores, enquanto nós temos apenas cerca de 5 milhões, ou seja, 40 vezes menos do que os cães.

Por que os cães uivam?

O uivo dos cães vem dos seus ancestrais, os lobos. É uma maneira de comunicação e, normalmente, serve para reunir o grupo. Segundo estudos, através do uivo, os lobos não só eram capazes de saber o número de membros que compunha determinado grupo, como também de reconhecer suas vozes. Por isso, por mais que os cães de um bairro nem se conheçam “pessoalmente”, reconhecem o uivo de seus vizinhos. Existe a lenda de que os cachorros uivam mais em uma determinada época do ano… Mas, na verdade, os cães costumam uivar nas noites mais silenciosas, provavelmente por conseguirem ouvir uivos mais distantes, pois não há interferência. O que também motiva os uivos é o cheiro de cadelas no cio, o qual os cães são capazes de sentir mesmo distante. Fatores como o vento e prédios ajudam a “canalizar” este odor provocando o uivo de praticamente todos os cachorros daquela região. A raça do cão também deve ser levada em consideração. Alguns são predispostos a uivar muito, como o Husky Siberiano.

Como lidar com o ciúme do cão em relação a outro cão

Quem tem mais de um cachorro em casa, sabe bem como é isso… Para resolver este problema, seguimos praticamente o mesmo princípio que usamos para controlar o ciúme que o cão tem das pessoas que se aproximam de seus donos. Quando estamos fazendo carinho no cão e o outro cachorro chega, normalmente já vamos fazer carinho no outro, e esquecemos o primeiro. Isso acaba despertando ciúme, pois o cachorro percebe que quando o outro chega, ele perde toda a atenção do dono. Com o tempo, ele pode até avançar no outro cão, desenvolvendo inimizades, e te obrigando a separá-los. O truque é: quando estiver fazendo carinho em um dos cachorros e o outro chegar, continue fazendo carinho no primeiro. E um carinho até mais gostoso. Dê também um petisco a ele. Isso significa que o cachorro que acabou de chegar não vai receber carinho, mas o importante é que o primeiro relacione a chegada do outro a algo prazeroso.

Como controlar o ciúme do cão

O cachorro tem bastante ciúme das pessoas que gosta, principalmente se ele se sentir um pouco “dono” delas. É muito comum o cachorro estar do nosso lado e querer partir pra cima, agressivamente, ou fazer muito barulho quando uma pessoa se aproxima para conversar com a gente. A melhor coisa a se fazer neste caso é mostrar ao cão que ele não é seu dono. Para isso, dê broncas nele quando mostrar esse comportamento agressivo. É importante ressaltar que quem deve dar a bronca é a pessoa que está sendo protegida e não a que está sendo atacada. Por exemplo: se uma amiga chegar na sua casa e o cachorro demonstrar agressividade por ciúmes dela, quem deve dar a bronca é você e não ela. A amiga tem que transformar sua aproximação em algo agradável para o cão. Sempre que ela chegar na sua casa, peça pra fazer bastante carinho no cachorro e se possível dar um petisco. Assim ele vai associar a chegada da sua amiga a algo agradável. Seu cachorro não tem ciúmes de pessoas mas não suporta te ver dando atenção pra outro cão? Então, não perca o próximo post!

quinta-feira, 18 de março de 2010

Cão na piscina: como enssiná-lo a nadar sem trauma

O verão está chegando: sol, piscina… Mas e o cachorro, onde fica nessa? Ele pode entrar na piscina também? É só colocá-lo na água e deixá-lo nadar? Ele já sabe ou precisa ensinar? Você vai descobrir tudo isso agora!

Não empurra!

Nadar é uma ótima atividade física para os cachorros: fortalece a musculatura e a maioria adora! Mas isso não significa que você deve enfiar o cão de qualquer jeito e a qualquer custo dentro da água.

Se você nunca tivesse entrado numa piscina na sua vida, ia querer ser empurrado de uma vez pra dentro dela? Claro que não, né? Portanto, primeira lição: não jogue o cachorro na água de jeito nenhum! Ele pode ficar traumatizado pra sempre ou até se afogar. Ao perceber, de repente, que não tem onde apoiar as patas e com a água atrapalhando a respiração, o cão tende a se desesperar. Tudo isso somado ao cansaço pode resultar num afogamento.

Para o seu cachorro nadar e brincar com você dentro da piscina, acostume-o aos poucos a essa nova atividade. Embora a grande parte dos cães aceite bem exercícios aquáticos, o seu cachorro só vai gostar de nadar se isso estiver associado a alguma coisa muito bacana.

Como fazer isso?

Podemos começar a ensinar o cão a nadar desde filhotinho, depois de ele ter tomado todas as vacinas. Para que tudo dê certo, o cachorro precisa ficar com vontade de entrar na água. Um bom jeito de incentivá-lo é jogar na piscina um petisco ou um brinquedo pra ele buscar. Ver um cachorro conhecido nadando ou você chamá-lo de dentro da água também pode servir de estímulo.

Mesmo depois de o cão ter entrado na piscina, continue dando petiscos a ele. É uma ótima estratégia para mantê-lo motivado e sem medo.

Tô perdido!!!!

Alguns cães, quando estão na água, não sabem pra que lado ir. Batem as patas pra cima, como se quisessem sair da piscina, não movem o corpo pra frente… ou seja, não saem do lugar!!! Nesse caso, antes que o cachorro se canse demais e acabe se traumatizando, mostre pra ele como fazer. Para tanto, segure firme o animal, com o corpo pra frente na posição horizontal, e solte-o na direção certa.

Atenção: se você não sabe nadar ou fica inseguro quando está dentro da água, peça ajuda de uma pessoa que se vire bem dentro da piscina ou de um especialista em comportamento animal pra te ajudar no treinamento.

Sem saída

É fundamental ficar de olho no cachorro durante todo processo e estar preparado para socorrê-lo se for necessário. Até mesmo porque, normalmente, as piscinas não têm recursos para os cães saírem sozinhos da água. Quase nenhum cão consegue deixar a piscina por aquela escadinha que estamos acostumados.

Cachorro molhado

Depois da natação, seque bem as orelhas do cachorro, pois a umidade pode causar otite. E pra quem já está acostumado a nadar com o cão no mar, aí vai uma dica importante: logo após a diversão, lave seu companheiro com água doce pra não causar irritação nem alergia.

Cães que têm medo de fógos de artifício: o que fazer?

O período de festas é sinônimo de rojões. Para nós, a chegada do ano novo representa paz, alegria e harmonia… Mas, para alguns cachorros, significa um verdadeiro pesadelo.

Vocês não estão ouvindo???

É bastante comum encontrar cães que têm medo excessivo de barulhos, levando em conta que a audição deles é bem melhor que nossa. Os fogos de artifício não machucam o ouvido do cachorro, mas lhe dão a sensação de que uma guerra está começando.

O pavor de alguns cães é tão grande, que pode provocar tremedeiras, problemas no coração e alterações de comportamento. E, nos filhotes, até um trauma pro resto da vida.

Ahhh, eu tô maluco!

O pânico causado pelo barulho muda radicalmente o comportamento de certos cachorros: uns tentam fugir, outros ficam muito agressivos… Existem cães que são capazes até de pular contra uma janela de vidro!

Dá pra fazer alguma coisa?

Existem várias maneiras de reduzir esse medo. Uma delas é preparar o cão para a barulheira que está por vir. Mas como? Aí vai um truque super eficaz e fácil de colocar em prática: dias antes do ano novo, bata panelas enquanto dá comida ou brinca com o cachorro. É um bom jeito de mostrar pra ele que o barulho não significa perigo. Se preferir, você pode fazer isso também com aqueles estalinhos (biribinhas).

Independente do que escolher, aumente o volume do barulho gradativamente. Não comece esse processo já estourando biribas pra todo lado ou produzindo algo ensurdecedor batendo um monte de panelas ao mesmo tempo… Senão, você vai acabar traumatizando o cão antes do ano novo!

Se o cachorro já está traumatizado, a melhor opção é consultar um veterinário sobre a possibilidade de dar um calmante pra ele. Sob o efeito de um medicamento com essa finalidade, o cachorro vai ficar mais calmo e sonolento, e sua capacidade de gravar na memória tais acontecimentos diminuirá bastante.

Atenção: nunca medique o cachorro sem orientação de um profissional!!!

Pior do que está, pode ficar!

Tome cuidado pra não piorar ainda mais a situação. Ficar pegando o cão no colo ou acolhe-lo toda hora durante a festa só vai transmitir mais medo e ansiedade pra ele, que logo vai pensar: “Hum… se ele está me protegendo desse jeito, é porque vem coisa feia por aí!”. Portanto, procure agir com naturalidade. Para tanto, brinque com o cachorro e o alimente como se nada de diferente estivesse acontecendo.

Se quiser conter o cão, use a guia com uma coleira e nunca com um enforcador, pois ele pode se asfixiar num momento de pânico.

Caso tenha de deixar o cachorro preso, escolha um lugar que ele confie, como sua casinha ou um cômodo da casa.

Boas festas!!!

O que fazer quandoo cão não gosta de banho?

Quando chega a hora de tomar banho o seu cachorro faz aquela cara do tipo “Ihhh… sujou!”?

Neste artigo, você vai entender porque alguns cães não curtem o banho e o que fazer para transformá-lo num momento agradável pra eles!

Tá limpeza!

Você sabia que os cães podem passar a vida inteira sem tomar um único banho??? E detalhe: algumas raças nem ficam com cheiro ruim. Ao contrário do que muitos pensam, nós lavamos o cachorro mais pelo nosso bem estar do que pelo dele… Na verdade, o cão nem se importa!

No entanto, vale lembrar que isso não inclui animais com problemas específicos, como doenças de pele, que podem precisar tomar banhos periódicos.

Desodorante vencido?

Diferente da gente, o odor canino não vem do suor e sim dos pêlos velhos. Portanto, em alguns casos, escovar a pelugem é mais importante do que o próprio banho.

Agora, se você tem o costume de lavar seu amigo com certa freqüência, não precisa parar por causa disso. Mas também não exagere. Banho uma vez por semana já está de bom tamanho…

Isso porque, o xampu junto com a água quente, além de tirar a oleosidade natural do cão, pode causar alergia. Logo, evite excessos! Mas esse aviso só vale pra ele, não pra você…!!!

Cas cão!

Alguns cachorros parecem que não nasceram pro chuveiro… Nesses casos, o banho vira uma verdadeira missão impossível. E é exatamente nessa hora que certos donos cometem erros graves, como segurar o bicho contra sua vontade, obrigá-lo a ficar no secador, entre outras coisas, quando o que devem fazer é justamente o contrário.

O melhor jeito de acostumar o cão a tomar banho é fazê-lo aos poucos, sem forçar a barra. O segredo é começar de trás pra frente: com o cachorro seco, passe uma toalha nele e ligue o secador pra ele se habituar ao barulho. Pode parecer loucura, mas o ideal é fazer isso com o animal seco mesmo. Se deixar pra testar a reação dele quando estiver molhado, você será obrigado a secá-lo de verdade, sem ter a opção de acostumá-lo caso ele não se dê bem com o secador ou com a tolha no primeiro contato. Associe este momento a brinquedos e petiscos.

Depois que o cão estiver à vontade com este processo, derrame devagar um copo de água nele e mostre que não há problema nenhum em se molhar. Recorra novamente à ajuda de guloseimas e brincadeiras para que ele entenda isso.

No primeiro banho, nem precisa ensaboar… Lave apenas algumas partes do corpo, mesmo que o cachorro não fique 100% limpo. A cabeça, por exemplo, alguns cães não gostam de lavar. Por isso, a princípio, apenas a massageie.

Só dê o banho pra valer quando o cachorro se mantiver calmo em todos esses procedimentos.

Vai tomar banho!!!

Por outro lado, outros cães adoram água, e os donos acabam não entendendo porque não gostam do banho. Isso pode acontecer se o cachorro estiver relacionando algo desagradável a este momento. Por exemplo: se o cão não gosta de limpar o ouvido, procure não fazer isso justamente na hora de lavá-lo, pois ele pode associar os dois e desencanar de banho nas próximas vezes.

Em dias de calor, redobre os cuidados na hora de secar seu bicho de estimação. O ar muito quente pode causar uma hipertermia (o corpo fica muito mais quente do que o normal por bastante tempo) e, inclusive, matá-lo. Para quem dá banho em casa: sempre verifique com a mão se o ar do secador não está quente demais.

Dicas para o seu cão não ficar entediado

Sabe aquele dia chuvoso, que você está sem companhia, não tem ninguém on line na internet e só passa programa chato na TV? Que tédio!!!

Mas não é só a gente que se sente assim diante de certas circunstâncias… Os cachorros também ficam entediados e até podem desenvolver problemas comportamentais por causa disso. Portanto, veja a seguir o que fazer para tirar o seu cachorro do tédio!

Estimulante pra cachorro!

A primeira é: passeie e brinque diariamente com seu cão. O exercício é uma ótima saída pra satisfazer as necessidades físicas dele.

Assim, você também faz companhia ao cachorro e oferece a ele diversos estímulos como cheiros novos e a chance de interagir com outros animais e pessoas.

Tá brincando?

Outro bom truque é presentear o cão com brinquedos legais, que servem para entreter o cachorro, ajudam a aliviar a ansiedade e a frustração, além de proporcionar novos estímulos através dos diferentes cheiros, texturas e sabores.

Varie as bolinhas e ossinhos, e procure também brinquedos destrutíveis em Pet Shops. Alguns cães adoram roer, morder, e modificar o formato original do objeto por ser uma forma de interação.

Mas, mesmo com tudo isso, o cachorro ainda pode preferir destruir o seu tênis preferido, aquela jaqueta que você mais gosta, enfim… Isso porque, para o cão, interagir com objetos que têm o seu cheiro é um ótimo jeito de interagir com você! Para ele, seus pertences simbolizam você.

Portanto, para que o cachorro não destrua grande parte do seu guarda-roupa, torne os brinquedos mais interessantes. Uma boa maneira de fazer isso é passar as mãos nos objetos dele para que fiquem com seu cheiro. Além disso, procure interagir com o brinquedo na presença do cachorro, o que vai ajudá-lo a associar o objeto a você.

Para transformar o brinquedo em algo ainda mais valioso, lembre-se de chamar o cão pelo nome, dar atenção, carinho, ou até mesmo correr atrás dele sempre que ele estiver com o objeto na boca.

Entediado? Eu?

Depois dessas dicas, não se esqueça: proporcione sempre novos estímulos ao cachorro e nunca o deixe sem atividades físicas e psicológicas.

Seu cachorro está no peso ideal?

Você já parou pra pensar que estar acima do peso pode colocar em risco a saúde do seu cão? Pois é… Os cachorros mais gordinhos têm uma tendência maior pra desenvolver problemas de saúde, além de viver cerca de 10 a 15% menos tempo do que os cães que estão no peso ideal.

Conheça agora algumas dicas pra deixar seu cachorro de bem com a balança.

Como saber?

Pra descobrir se seu cão está com um peso legal ou não, você deve observar suas costelas. Se elas estiverem aparecendo um pouco quando você olha o cachorro de cima, o peso está bom. Isso vale para os cães de pêlo curto. Se o seu cachorro faz parte do grupo dos mais peludos, você terá que apalpá-lo para verificar.

Na dúvida, recorra à ajuda de um veterinário de sua confiança.

Coisa de primeira

Quando for começar o regime, é muito importante que você dê ao cachorro rações e petiscos de boa qualidade. É fundamental que o alimento forneça todas as vitaminas que o cão precisa pra ficar forte e saudável pois, mesmo comendo menos, os nutrientes devem ser suficientes pra manter o bom funcionamento do organismo.

Sem pressa

Os cães mais gordinhos devem perder peso aos poucos. Se o cachorro emagrecer muito rápido, ele pode desenvolver alguns problemas de saúde. Quando começar a nova dieta, tente balancear a quantidade que o cão come atualmente e vá diminuindo aos pouquinhos.

Tá na mesa!

Quem resiste àquela carinha de pidão que só os cachorros sabem fazer? Mas é importante você não se deixar levar pelos apelos dele! É normal, depois de comer, que o cão peça mais. No entanto, isso não significa que ele ainda está com fome. Todos os animais têm esse instinto de buscar pela comida, mesmo quando já estão de barriga cheia.

Se o seu cachorro costuma comer petiscos, você pode continuar dando pra ele desde que sejam próprios para cães e em quantidade moderada.

Outra coisa super importante: nunca dê a sua comida para o cão!!! Além de desequilibrar a dieta, alguns alimentos podem até causar intoxicações.

Na hora do rango

No início do regime, é normal que o cão fique mais agitado. Mas isso passa em pouco tempo. Essa agitação acontece especialmente na hora de comer ou quando ele percebe que vai ganhar um petisco.

Se você tiver vários cães, também existe a possibilidade de eles brigarem pra disputar a ração na hora de comer. Neste caso, alimente cada um deles separadamente ou fique de olho enquanto eles comem.
Seu cachorro tem casinha?

Seu cachorro tem casinha?

Você sabia que, para os cães, a casinha é muito mais do que proteção contra o vento, a chuva e o frio? Neste artigo você vai entender porque todo cachorro deve ter uma e a importância que ela tem pra eles.

Lar doce lar

Ter uma casinha significa muito para o cão. É o local onde ele se sente totalmente protegido e que é realmente só dele. Ao contrário do que muitos donos acreditam, até os cães que vivem dentro de casa ou do apartamento precisam ter uma casinha. Se o cachorro não usá-la sempre, não tem problema. A simples presença da casinha no ambiente já é suficiente. O cão fica mais tranqüilo ao saber que tem um abrigo à sua disposição se precisar.

Isso acontece porque os cachorros são animais de toca, ou seja, preferem descansar ou tirar uma soneca em lugares assim. Dentro desse espaço, eles se sentem protegidos do tempo ruim e de possíveis ataques de outros animais. Agora, você deve estar pensando: “Mas dentro de casa não chove e ninguém vai atacá-lo!!!”. O fato é que, mesmo dentro de casa, onde o cão está livre desses perigos, ele ainda sente necessidade da toca por causa do seu instinto. Os cachorros gostam de ter uma espécie de “refúgio” para usar quando não estão se sentindo muito bem, em noites de trovões, ou simplesmente para saborear um ossinho em paz.

Quando você tem um monte de trabalhos da escola pra fazer ou não está a fim de muita conversa, não é muito bom poder ir pro seu quarto, um cantinho com a sua cara e só seu? A casinha pro cachorro significa a mesma coisa.

Arrumando a casa…

Grande parte dos cães curte dormir em superfícies macias e fofinhas, exceto em dias muito quentes, quando alguns preferem deitar diretamente sobre lugares frios, como o piso. Se o cachorro não for muito calorento, capriche bastante nos cobertores e lençóis dele. A idéia não é gastar um dinheirão com essas coisas, mas deixar a casinha o mais aconchegante possível. Isso, além de contribuir para o bem-estar do cão, ajuda a evitar que ele fique se aninhando em outros lugares da casa, como na cama dos seus pais, no jardim, ou no sofá da sala.

Vale lembrar que o cheiro do dono ajuda o cachorro a se sentir mais seguro. Logo, deixe seu odor no lençol ou cobertor que vai colocar na casinha. Claro que não precisa andar com o pano debaixo do braço pra fazer isso… Basta esfregar a mão na sua própria pele e depois no tecido.

Ah, e importantíssimo: manter a higiene da casinha é essencial! Portanto, escolha uma que você possa limpar facilmente.

Crise imobiliária

Diferente do que muita gente pensa, os cães gostam mais de casinhas do que de mansões. Pra eles, tocas mais apertadas são mais seguras do que ambientes maiores. Por esse motivo, opte por uma casinha com espaço suficiente apenas para o cachorro ficar em pé e dar suas voltinhas antes de deitar.

Sem teto

Sempre que levar o cachorro para um local desconhecido, não esqueça a casinha. Nessa situação, ela funciona com um ponto de referência para o cão e ajuda a aliviar sua insegurança. Um ótimo jeito de resolver esse assunto é adotar a própria caixa de transporte do cachorro como casinha.
Entendendo a agressividade canina

Você nem imaginava que o seu cãozinho, tão bem tratado, tão bonitinho, pudesse ter um comportamento agressivo. Logo ele que recebeu tanto carinho… E mais: garantiram pra você que essa raça era super dócil! Então, o que aconteceu? Neste artigo você vai descobrir o que pode levar o cachorro a ter um comportamento agressivo.

O preço da fama

Muitas pessoas acham que a raça do cão é o que dita se ele é agressivo ou não. Na verdade, a coisa não é tão simples assim… Não existe nenhuma raça que definitivamente não possua, pelo menos, um cão agressivo. Isso não quer dizer que uma raça não tenha, em geral, um comportamento mais dócil que outra.

Por exemplo: se você caminha pela rua e há um labrador numa calçada e um rottweiler na outra, para qual das duas calçadas você vai? Para a que está o labrador, é claro! Isso porque os labradores têm fama de brincalhão, de extremamente dóceis. Já os rottweilers carregam consigo o título de cães de guarda, agressivos e protetores. Mas isso pode não ser sempre assim. Normalmente, labradores são mais mansos que rottweilers. Mas isso não significa que não existam labradores agressivos e nem rottweilers dóceis.

Amor+carinho=limite

É certíssimo acreditar que o tratamento e a educação recebida em casa influenciam no comportamento do cão. Agora você deve estar pensando: “Então porque meu cachorro ficou agressivo se eu sempre o tratei com todo amor e carinho desse mundo?”. A resposta é simples: só isso não basta. O importante, além do amor e do carinho, é claro, é dar ao cão uma boa educação, sempre impondo alguns limites que devem ser respeitados. Assim, é possível controlar a tendência a uma agressividade maior, enquanto que a má educação pode transformar um cachorro pouco agressivo em um animal bastante perigoso.

Território proibido

Vários motivos podem desencadear a agressividade canina. Proteção de território é um deles. Um cão pode permanecer tranqüilo ao encontrar outro cachorro durante um passeio, mas não aceitar a presença dele dentro de sua casa, ou seja, no seu território, e querer atacá-lo.

É meu e ninguém toca…

Outro fator que pode fazer com que seu cão tenha um comportamento agressivo é o ciúme. Isso acontece quando alguém chega perto de uma pessoa, um objeto, ou qualquer outra coisa que o cachorro preze muito. Esse tipo de agressividade pode se manifestar quando ele está roendo um osso ou quando uma visita se aproxima do dono, por exemplo.

Ai…ai…ai

É importante dizer que quando o cachorro está com medo ou sentindo dor também pode ficar agressivo. Rosnar, mostrar os dentes, e fazer aquela cara bem feia, é a forma que ele encontra de se defender. Então, não é por ser mal agradecido que um cão atropelado, por exemplo, rosna pra quem tenta ajudá-lo.

O que influencia o comportamento dos cães?

Você já se perguntou por que alguns cachorros são mais dóceis, enquanto outros são um pouco mais agressivos? Algumas pessoas diriam que é por causa da raça. Outras acham que não, que depende do modo como são criados… Mas, pensar que apenas um desses fatores pode determinar se o cão será mais brincalhão ou mais briguento, não é tão simples quanto pode parecer…

Existem muitos outros fatores que, juntos, contribuem para determinar o modo como o animal age. Neste artigo, você vai descobrir quais são eles.

Muito além da raça

Analisar apenas a raça não é suficiente pra definir porque um cão se comporta de determinada maneira. Claro que isso não significa que ela não influencia nessa formação.

De maneira geral, todas as raças possuem algumas características comuns de comportamento. Por exemplo: goldens, normalmente, são mais sociáveis com pessoas estranhas do que rottweilers.

Mas como se chega à conclusão de que uma raça é mais dócil que outra? O raciocínio é o seguinte: na média, dentro de uma mesma raça, os cães têm condutas semelhantes. É por isso que a raça do cachorro pode sim influenciar seu comportamento. No entanto, como já dissemos no início, não é só isso que o define.

Tão iguais e tão diferentes…

Isso porque há inúmeras exceções. E, graças a este fator, é possível perceber que existem diferenças de características marcantes dentro de uma mesma raça.

Complicado, né? Fica mais fácil de entender com um exemplo. Pense na seguinte situação: você tem dois cães da mesma raça, e que vieram da mesma ninhada. Existe a possibilidade de um deles ser bastante agressivo e o outro super dócil, mesmo que a característica marcante da raça seja apenas a docilidade. O temperamento do animal tem características individuais e não somente aquelas que são comuns da raça.

Como saber?

Você pode identificar qual é o temperamento do seu cão percebendo a forma como ele reage em diferentes situações do cotidiano, como na presença de visitas, durante passeios ou mesmo na hora de brincar.

Um cachorro medroso, por exemplo, irá se encolher, se sentindo acuado e com medo quando você receber a visita de alguém com quem ele não está acostumado a conviver.

E são essas reações que te ajudarão a perceber qual o tipo de temperamento do seu cão, que pode ser: brincalhão, sociável, curioso, agressivo ou medroso.

Não se engane!

O temperamento do cachorro nem sempre segue o que pode parecer mais óbvio. Achar que um cão de guarda é mais agressivo do que qualquer outro ou que cães de caça adoram perseguir coisas, é coisa do passado!

Um bom exemplo disso é que, hoje em dia, os Dobermanns, que sempre foram criados como cães de guarda, nos Estados Unidos são utilizados por várias instituições como guias de cegos. E pra se tornar um cão-guia, o animal não pode ser agressivo de forma alguma. Ou seja, a criação do cachorro também ajuda a moldar algumas de suas características.

Questão de educação!

Por isso mesmo, o ambiente onde o cão vive também exerce influências sobre seu comportamento.

Educar seu cachorro e socializá-lo com diferentes locais, animais e pessoas, pode ajudar a corrigir alguns problemas de comportamento, como o medo excessivo.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Entenda as atitudes aparentemente estranhas do seu cão

Você já presenciou algum comportamento do seu cachorro que te pareceu totalmente sem sentido? Se sim, não se assuste pensando que isso só acontece com o seu cão ou que ele ficou doido de vez…

Muitos comportamentos caninos podem parecer esquisitos, principalmente para os donos de primeira viagem. Mas, algumas dessas atitudes são bem mais comuns do que se imagina.

Esconder o osso entre as almofadas do sofá como se estivesse enterrando um tesouro no quintal é um exemplo clássico! E a maioria dos proprietários se pergunta o que deu na cabeça do cachorro… principalmente se isso acontecer num sofá novinho! Se você faz parte dessa trupe, descubra agora o porquê desses comportamentos tão “estranhos”!

Tudo culpa dos parentes…

Como já falamos várias vezes aqui, os cães são descendentes dos lobos selvagens, que passaram de geração pra geração alguns comportamentos. A diferença é que, na época dos lobos fazia um baita sentido agir de determinada maneira. Já o cachorro ter essas mesmas atitudes dentro de casa, fora da vida selvagem, pode parecer bastante estranho mesmo.

Vamos voltar ao exemplo de enterrar o osso no sofá. O ancestral selvagem enterrava instintivamente a comida pra não passar fome no futuro. Portanto, não se surpreenda se seu cão fizer o mesmo, pois este é um dos comportamentos herdado dos lobos.

Gravidez Psicológica é coisa do passado!

Alguns donos de cadelas já passaram por isso: a fêmea começa a produzir leite, normalmente depois do cio, sem ter sequer engravidado. É o que chamamos popularmente de falsa gravidez ou gravidez psicológica.

O que pouca gente sabe, é que isso já vem de muito tempo atrás. Na alcatéia, só as lobas dominantes se reproduziam e o restante das fêmeas dava uma força na hora de cuidar da ninhada. Produzir o leite mesmo sem ter tido filhotes, permitia à loba não dominante amamentar os recém-nascidos e livrar a fêmea dominante desta função para que ela pudesse fazer outras coisas pela sobrevivência de todo grupo, como buscar alimentos.

Sai fora!

Você também já pode ter recebido uma bela rosnada ao tentar se aproximar do cão quando ele está se alimentando… É mais uma vez o instinto do antepassado canino falando mais alto.

Os lobos não davam moleza pra nenhum engraçadinho que tentasse abocanhar sua refeição. Ao defender com agressividade a presa recém-abatida e botar pra correr o espertalhão que queria roubar sua comida, o lobo conquistava o direito de consumir determinado alimento.

Logo, seu cachorro age da mesma forma!

Precisando de companhia…

Por que os cachorros são tão dependentes de companhia? São tão carentes? A resposta também está no passado. O lobo que ficava sozinho tinha menos chances na hora de caçar e de se proteger do que os animais que viviam em grupo. Ficar solitário significava praticamente a morte! É por esse motivo que os exemplares mais dependentes de companhia conseguiram passar seus genes adiante, herdados pelos cães domesticados.

Se livrando da herança…

No fim das contas, é importante saber que esses comportamentos são normais e que, embora alguns deles sejam difíceis de alterar, outros são bem simples!

O fato é que, conhecendo melhor o seu cachorro, você pode perceber quando uma atitude instintiva pode se tornar perigosa. Começar a atacar pessoas como se estivesse caçando é um bom exemplo disso. Em casos assim, o mais indicado é procurar um especialista em comportamento animal para ajudá-lo a resolver o problema.
Dicas para enssinar seu cão a expressar oque ele quer

Já imaginou se você conseguisse entender todos os desejos do seu cão? Saber se aquele latido quer dizer “ainda tô com fome!” ou “quero passear”… Pois saiba que isso não é impossível!

Os cachorros têm uma predisposição genética pra poder se comunicar com o ser humano. Este artigo vai mostrar algumas dicas que você pode usar pra ensinar seu cão a expressar o que ele deseja.

Tá me entendendo?

Existem sinais típicos que seu cachorro usa pra se comunicar com você: latir, chorar, rosnar, mostrar os dentes e abanar o rabo são alguns deles. No entanto, nem sempre os significados destes sinais ficam claros pra você.

O que poucos donos sabem é que é possível criar um sistema próprio de sinais para se comunicar com seu cão.

Presta atenção!

Para isso, antes de qualquer coisa, você tem que estar atento aos pequenos sinais que o cachorro demonstra pra poder começar a responder a cada gesto com uma ação.

Por exemplo: se o pote de água está vazio e seu cachorro está lambendo as últimas gotas que restaram no fundo, encha a vasilha neste momento. O cão vai começar a associar o ato de lamber o fundo da vasilha a um “aviso” que você captou de que ele quer mais água. Então, sempre que estiver com sede, ele irá avisar pra você desta maneira.

É só pedir…

Você também pode criar situações para o cão aprender a “pedir” o que deseja. Uma boa estratégia para isso é colocar menos ração no prato dele, por exemplo.

Quando você observar que ele está lambendo os farelinhos que sobraram, ou empurrando o pote vazio com o focinho, coloque um pouco mais de alimento na vasilha. Aos poucos, o cão fará a associação e repetirá o gesto sempre que estiver com fome.

Aí vem a dúvida:”Mas como saber se ele está com sede ou fome, quando ele encostar o focinho no pote vazio?”.

É justamente por isso que você deve evitar que os sinais sejam muito parecidos. Neste caso, por exemplo, use potes bem diferentes para dar água e a ração.

Outro treinamento que você pode fazer é levar o cachorro pra dar uma voltinha sempre que ele chegar perto da coleira dele. Aos poucos, ele vai associar a aproximação do objeto à sua atitude de levá-lo pra passear.

Não confunda as coisas…

Uma dica: não deixe a coleira de passear no mesmo local dos biscoitos e dos brinquedos. Assim, você evita confusões quando seu cão se aproximar de algum dos objetos, pois ele quer te dizer algo diferente com cada um.

Agora não!

Ensinar o cão a se comunicar com você não significa se transformar num escravo das vontades dele. É extremamente importante saber a hora de dizer não. Quando o cachorro percebe que seus desejos são compreendidos, se atender sempre a tudo que ele quer, você vai acabar sendo treinado!

Já imaginou seu cachorro te pedindo pra ir passear às três da madrugada? Sempre que você observar que ele está fazendo um gesto de pedido no momento errado, diga “Não!”. Com o tempo, seu cão vai percebendo a hora certa de pedir cada coisa.
Técnicas para educar seu cão sem violência

No artigo anterior, falamos sobre o porquê você nunca deve bater no seu cachorro na hora de repreender um mau comportamento dele.

Agora você vai conhecer algumas técnicas que vão te ajudar a educar seu cão sem nunca ter de usar a violência!

Cada um é cada um…

Antes de qualquer coisa, é importante entender que a bronca usada para repreender um cachorro pode não surtir efeito em outro. Isso porque, assim como os seres humanos, os cães possuem gostos e sensibilidades diferentes uns dos outros. Por isso, é fundamental identificar o que é agradável e o que causa desconforto no seu cachorro. Apenas dessa forma será possível escolher as recompensas e punições mais adequadas e funcionais para ele.

E atenção: certifique-se de que não há possibilidade de a repreensão escolhida machucar o cão e incitá-lo a ter uma reação agressiva, ou mesmo deixá-lo assustado por muitas horas. Vale lembrar, novamente, que o objetivo da punição é inibir ou modificar um comportamento indesejado causando um susto ou desconforto no cachorro, e não dar tapas ou berrar com ele.

Gostinho amargo

Uma das punições que você pode utilizar é o spray de água, que provoca um leve desconforto físico nos cães, já que eles não são lá muito fãs de borrifadas d’água no focinho. Se optar por essa repreensão, tenha bastante cuidado pra não acertar o jato de água dentro do ouvido do cachorro!

Em algumas situações, você também pode colocar uma substância amarga e não tóxica na água pra aumentar o desconforto provocado pelo spray. Neste caso, mire diretamente na boca do animal, usando um produto indicado por um profissional.

Que barulho é esse?

Outra opção, já mencionada no artigo anterior, é o uso de uma lata cheia de moedas. O barulho feito quando você sacode a latinha intimida muito os cães de maneira geral. Você também pode recorrer à ajuda das populares biribinhas para causar um susto no cachorro no exato momento do comportamento errado. No entanto, os estalinhos não são aconselhados para cães que sejam muito medrosos ou tenham medo de fogos de artifícios, pois podem acabar agravando estes problemas.

Apagando fogo…

Existe também outra maneira de repreender o cachorro através de um susto, utilizando uma bomba de encher pneu de bicicletas ou um extintor de incêndio. Importantíssimo: se você optar pelo extintor, use somente o de CO2 ou ar comprimido! Nunca use extintores de pó químico!!!

O extintor é a melhor opção para “esfriar” os ânimos de cães que estão brigando. Provoca um susto suficiente para separá-los na hora. Cuidado: por ser um jato de ar bem forte, o extintor deve ser usado com cautela, evitando mirar nos olhos e ouvidos dos animais.

Na hora certa!

O fato é que, não importa a forma que você escolha, todas as punições devem ser aplicadas no exato momento do mau comportamento. Não adianta nada repreender o cachorro depois de algum tempo, muito pelo contrário. Além de o animal não entender o que está acontecendo, a bronca fora de hora pode trazer sérios problemas psicológicos pra ele.

O cão deve associar o ato errado à punição recebida. Quando perceber um comportamento indevido, o ideal é que você tente impedir o cachorro de agir, associando a simples tentativa a algo desagradável ou assustador pra ele.

A recompensa…

Agora que você já conhece algumas técnicas para usar na hora de repreender, entenda que o grande lance de tudo isso não é só punir os comportamentos errados, mas também recompensar as atitudes corretas.

Se o seu cão costuma pular em cima das visitas, tente recompensá-lo com petiscos no momento em que ele permanece sentado. Isso fará com que ele associe a recompensa ao ato de se sentar e desenvolva esse hábito, deixando então de pular em cima das pessoas.
Saiba porque você nunca deve bater no seu cão

Bater no cachorro ajuda a educá-lo? E se ele fizer alguma coisa muito grave, não deve apanhar pra aprender? Dar uns tapinhas, de leve, sem a intenção de machucar, não tem problema, tem? Todas essas perguntas já devem ter passado pelo menos uma vez pela cabeça de muitos donos. E a resposta para todas elas é bem simples: nunca bata no cão para educá-lo!!!

Isso não significa que você deve deixar o cachorro fazer o que quiser… Comportamentos indesejados devem ser repreendidos sim, mas sem violência. Neste artigo você vai entender que punir é muito diferente de bater.

Bater pra quê…

… se existem outras maneiras muito mais eficientes de educar o cachorro? E detalhe: sem usar a violência!!!

Há várias técnicas que podem ser utilizadas pra repreender um mau comportamento do cão. Por exemplo: recompensar o cachorro com um petisco ou carinho quando ele fizer a coisa certa, incentivando-o a agir da maneira correta, será bem mais eficaz do que um tapa quando ele aprontar.

Não é bom pra ele…

Além do que, é muito fácil machucar o cachorro ao bater nele. Quando o cão se comporta mal, na hora da raiva, o proprietário pode não ter controle de sua própria força.

Imagine você dando uma joelhada no peito do cachorro pra ele parar de pular em cima de você… Sabia que fazendo isso você pode acabar até fraturando uma costela dele?

E mesmo aqueles tapinhas que parecem “inofensivos”, como os petelecos no focinho, também podem machucar se forem fortes demais, pois esta é uma região sensível.

…nem pra você!

Leve em conta também que, bater no cachorro não apenas coloca em risco o bem estar físico dele, mas também a segurança de quem está agredindo-o e de outras pessoas que se aproximarem do animal.

O cão pode reagir de maneira agressiva quando percebe que vai ser atacado, principalmente se, antes de bater, o dono gritou ameaçando-o ou olhou fixamente nos olhos dele.

E essa reação contra quem o agrediu pode não vir na hora… Há chance de acontecer com qualquer outra pessoa que se aproxime do cachorro depois. Isso porque, o cão passa a ficar com medo de qualquer movimento brusco e pode atacar até mesmo uma criança que esteja querendo abraçá-lo, por exemplo.

Como repreender?

No fim das contas, quando a punição é necessária, o ideal é associar o comportamento errado a algo desconfortável para o cachorro.

Punições que causem apenas um susto, como chacoalhar uma lata com moedas, ou um leve desconforto físico, como borrifar água no focinho, são soluções bem eficazes na hora de repreender. Assim, ninguém se machuca… nem você, nem o cachorro!

No próximo artigo, você verá dicas de como educar seu cão sem nunca usar a violência. Não perca!
Como enssinar o cão a fazer necessidades no lugar desejado

Como já falei muitas vezes aki no blog e no artigo anterior, explicamos a importância da escolha do lugar para o banheiro do cachorro. Agora, você vai aprender como ensinar o seu cão a desenvolver o hábito de utilizar este novo local para se aliviar.

Preparando o terreno

Antes de qualquer coisa, prepare o lugar. Forre o espaço escolhido com algo que absorva bem o xixi. Você pode usar folhas de jornal ou um tapetinho higiênico, próprio para os cães fazerem as necessidades.

Lembrete super importante: não deixe tapetes e carpetes perto do local do banheirinho, senão você vai confundir o cachorro!

Na hora H

Com o local pronto, espere o momento certo para levá-lo lá pela primeira vez. Os cães, filhotes principalmente, costumam fazer as necessidades logo que sentem vontade. No começo, você terá de ficar de olho nele para levá-lo ao banheirinho assim que perceber que ele precisa se aliviar.

Como saber?

Existem alguns horários mais comuns em que os cães ficam com vontade de fazer xixi e cocô: quando acordam, antes de descansar e logo depois de comer.

Fique atento também aos sinais que o cão dá quando está se preparando para fazer as necessidades, como começar a farejar o chão ou levantar as patas.

O que eu ganho com isso?

Ao perceber que seu cachorro está com vontade de fazer xixi ou cocô, leve-o ao local escolhido para ser o banheiro e espere que ele se alivie. Logo em seguida, recompense-o petiscos e carinhos. Com o tempo, o cão começará associar o ato de fazer as necessidades naquele lugar com a recompensa e passará a gostar de utilizar seu novo banheirinho.

Perdi a vontade…

Se, passados alguns minutos, o cão não tiver conseguido fazer as necessidades, leve-o de volta para o lugar onde ele estava ou a algum outro ambiente que não seja o do banheiro dele. Assim que ele der sinais de que está novamente com vontade, leve-o de volta ao banheirinho.

Nada de ficar trancado no banheiro…

Importantíssimo: nunca prenda o cachorro sozinho no cômodo onde fica o banheirinho dele. Se o cão ficar com medo do lugar, ele não conseguirá se aliviar ali de jeito nenhum!

Cuidado com as broncas!

Durante o treinamento, enquanto o cão ainda não aprendeu definitivamente onde é o lugar correto para usar como banheiro, cuidado com broncas e berros. O cachorro pode acabar associando a punição ao ato de fazer as necessidades na sua frente e passará a se aliviar escondido, o que pode acontecer no carpete preferido da sua mãe ou até debaixo da sua cama! Portanto, prefira sempre utilizar as recompensas pelos acertos.

Aí não!

A bronca pode ser dada sim, mas no momento em que você perceber que o cão está se preparando para fazer as necessidades em um lugar indevido, como no sofá ou no tapete da sala, por exemplo. O objetivo das broncas é criar leve desconforto para o animal. Nestes casos, um barulho alto, que cause um pequeno susto no cachorro, costuma funcionar bem.

Se o cão segurar o xixi, aproveite e leve-o para o banheiro dele. Há grandes chances de ele se aliviar ali. E nunca, mas nunca mesmo, se esqueça de recompensá-lo por usar o local certo!

Banheiro do cachorro: qual o local ideal?

Seu cachorro é do tipo que tem dificuldades em fazer xixi e cocô no lugar certo? Pois é… Essa é, com certeza, uma das principais queixas dos donos de cães.

O problema é que, muitas vezes, os proprietários erram feio na escolha do lugar onde o cachorro deve se aliviar… Optar pelo espaço correto e fazer com que este ambiente fique super atraente para o cachorro ajuda, e muito, na hora de treiná-lo a fazer suas necessidades no local desejado.

Por isso, descubra agora como escolher o local ideal para se tornar o banheirinho do seu cão.

Cama e comida de um lado…

Antes de qualquer coisa, é importante saber que os cachorros, instintivamente, evitam fazer as necessidades perto do lugar onde dormem e comem.

… banheiro do outro

Portanto, reserve um espaço do lado oposto de onde ficam a caminha e as vasilhas de água e de alimento, para o cão utilizar como banheiro.

Aqui não!

Como já falamos aqui, os cachorros, em geral, não curtem ficar isolados. Por isso, eles acabam elegendo um cantinho, onde passam a maior parte do tempo, que é normalmente um lugar de maior proximidade com as pessoas da casa. Logo, se o seu cão fica na área de serviço, por exemplo, provavelmente seu lugar preferido será perto da porta que dá acesso à cozinha.

Não posicione o banheirinho dele nessa área! Deixe este espaço para colocar os potes e a caminha, que podem ficar próximos.

Cuidado onde pisa!

Outra coisa super importante é evitar situações em que o cachorro possa acabar pisando em suas próprias fezes e urina, pois isso tende a desmotivá-lo a continuar usando aquele lugar para se aliviar.

Então, quanto menor for a área onde fica o banheirinho, mais rápido você terá de limpar os excrementos, para que o cachorro possa se locomover sem chance de pisar neles.

Tô apertado…

No entanto, em certos casos, só um banheiro não é suficiente… Os filhotes, principalmente, não conseguem segurar as necessidades por muito tempo. Por isso, é legal oferecer mais de uma opção de banheirinho para eles terem um sempre por perto.

Com o tempo, conforme o filhote cresce, ele naturalmente aprende a segurar as necessidades. Então, comece a estimulá-lo a usar apenas o lugar que você pretende manter como banheiro pra ele.

Algumas pessoas preferem ensinar seus cachorros a se aliviar só na rua. Se você faz parte dessa trupe, lembre-se que isso também tem suas desvantagens, como dissemos em um artigo anterior.

São tantas opções…

Dentro de casa, os locais mais indicados para abrigar o banheiro do cachorro são as “periferias” dos ambientes principais: a varanda, a área de serviço e o banheiro da suíte, por exemplo, são boas opções.

Sem pressa

O mais importante é controlar suas expectativas e não esperar por resultados imediatos, nem se desesperar tentando resolver o problema do dia pra noite… Acidentes como um xixi no tapete da sala, podem acontecer, mas com o tempo ocorrerão cada vez menos e aí você perceberá que está fazendo tudo certo!

Agora que você já sabe como escolher o local ideal, é preciso saber como estimular o seu uso… Então não perca no próximo artigo!

Cães grandes podem morar em apartamento?

Quem vive em prédio e quer ter um cachorro de porte grande, geralmente recebe um “não” dos pais…

Mas será realmente impossível ter um dálmata, um labrador, ou qualquer outro grandalhão morando com você e sua família num ambiente pequeno? Descubra a seguir!

Tamanho é documento?

Ao contrário do que muita gente pensa, nem sempre o problema é ter um cachorro grande dentro do apartamento. Muitas vezes, um cão de porte pequeno e super agitado pode fazer mais bagunça e dar muito mais trabalho do que um grandão sossegado.

Então dá?

Sim, desde que o cachorro possa passear pelo menos uma vez por dia e fazer exercícios em um parque, por exemplo, duas ou três vezes por semana.

Para você entender melhor porque isso é tão importante, é só pensar em um cão pequeno na mesma situação: embora também tenha a necessidade de passear, ele consegue brincar, pular, correr atrás de uma bolinha, tudo isso dentro do apartamento mesmo. Já o cachorro maior não…

Portanto, passear e exercitar-se são atividades fundamentais para mantê-lo saudável!

Sem muito agito…

A maioria dos cães sente uma felicidade enorme quando o dono retorna para casa. Alguns fazem festa e bagunça só de ver o proprietário entrando em casa. Agora, pense num cão grande com toda essa animação, esbarrando no vaso da sua mãe ou derrubando retratos da sala com o rabo…

Uma boa dica pra você evitar toda essa excitação é agir normalmente ao rever ou deixar seu bicho de estimação. Não dê muita bola quando você voltar da rua. Vá ao seu quarto primeiro para tirar o tênis ou conferir os e-mails, por exemplo. Depois lhe dê uma atenção moderada.

Isso é legal até pra ele não desenvolver ansiedade de separação. Você sabia que alguns cães ansiosos podem latir pra caramba na sua ausência? E já imaginou as reclamações dos vizinhos se seu cachorro latir sem parar?

Raça ideal

Lembre-se! O cão vai estar o tempo todo ao seu lado, freqüentando os mesmos cômodos. Por isso, é importante que ele seja tranqüilo para não criar atritos com o ambiente e garantir um bom convívio.

Ao adotar ou adquirir um cachorro, procure saber sobre o temperamento e o modo de agir dos pais e irmãos do animal. Se forem sossegados, seu cão tem grande chance de ser assim também.

Isso porque, conferir a linhagem e raça nem sempre é o suficiente. Muita gente prefere adotar um golden retriever achando que vai ser menos afoito do que um labrador, por exemplo, mas às vezes nem todos esses cuidados são o bastante… Ainda é possível que o filhote desenvolva latidos em excesso, entre outros problemas comportamentais.

Se você quer ter certeza que o animal vai ser calminho, então é mais seguro adquirir um cão já adulto. Basta ficar um tempo com o cachorro crescido pra saber se ele é manso, carinhoso, dócil ou recebe bem visitas de estranhos.

Os agitados precisam ser bem educados para não perderem a noção da hora e lugar em que podem fazer farra.

Fique atento

É preciso também prestar atenção em alguns detalhes… Algumas das coisas que muitas mães implicam em relação ao cachorro grande ocorrem mesmo. É comum haver mais babas, pêlos e cheiros pelo apartamento.

Não importa o espaço!

Tem gente que até se muda de residência pra acomodar melhor ou dar mais espaço ao cão, mas não lhe dá companhia. Pois acredite: os cachorros são mais felizes perto da gente num espaço pequeno do que solitários num casarão!

Desvendando a visão dos cães

Como já falei uma vez aki no compreenda seu amigo canino, a visão canina sempre foi cercada de vários mistérios… Que dono de cachorro nunca se perguntou: “Será que ele enxerga colorido?” ou “É verdade que os cães só conseguem ver vultos?”. Quando se trata desse assunto, uma coisa é certa: os cachorros vêem as coisas de um jeito bem diferente do nosso!

Você vai descobrir agora como o seu cão enxerga o mundo.

A cor da vida…

Antigamente, todos acreditavam que os cachorros viam tudo em preto e branco. E foi assim por muito tempo… Mas, cientistas já comprovaram que a visão canina é capaz de diferenciar cores sim, ao contrário do que muitas pessoas imaginavam!!!

Auquarela

No entanto, mesmo enxergando varias cores, os cães não conseguem distinguir algumas tonalidades que são bem gritantes pra nós, como o verde e o vermelho, por exemplo. Já a diferença entre o azul e o verde, por incrível que pareça, é facilmente notada pelos cachorros.

Você pode até fazer um teste com o seu cão! Jogue uma bolinha vermelha e uma bolinha azul em um local gramado. Provavelmente, seu cachorro optará por pegar a bolinha azul, pois ela é bem mais visível pra ele do que a vermelha.

No escurinho…

Os cães são capazes de enxergar no escuro? Isso depende… Na escuridão total, eles não conseguem ver nada, mas com certeza enxergam melhor do que nós na ausência de luz. Isso porque, na natureza, o cachorro selvagem caça para sobreviver e a visão noturna é essencial pra isso.

Uma curiosidade: no escuro, os cães não distinguem muito bem as cores. Aí sim é como se eles enxergassem tudo em preto e branco!

Até de costas!

A visão canina também supera a nossa quando se trata da amplitude do campo de visão. Os cachorros conseguem enxergar até o que está atrás deles!!! Isso acontece porque os olhos dos cães são mais laterais que os nossos, o que permite que eles vejam uma área bem maior.

Entretanto, isso pode variar bastante conforme a raça. A amplitude visual de um pastor alemão, por exemplo, é bem maior do que a de um pug, que não tem os olhos posicionados tão nas laterais…

Essa característica foi herdada dos parentes selvagens dos cachorros, já que, na natureza, isso é importantíssimo para não cair nas garras de possíveis predadores.

Tô de olho em você…

Outra herança desses ancestrais é a capacidade de enxergar melhor algo que esteja em movimento do que alguma coisa parada. Essa habilidade é imprescindível para os exemplares selvagens acompanharem uma preza durante a caçada.

E você dá pra testar essa capacidade do seu cachorro em casa! O truque é amarrar um objeto que o cão curta bastante, como o brinquedo favorito dele, por exemplo, em uma cordinha. Não deixe que ele veja você colocando o objeto em determinado local. Deixe o cachorro a certa distância do brinquedo de modo que ele não veja claramente o que é. Você vai notar que ele não vai até o objeto, logo de cara, mesmo sendo louco por aquele brinquedo. No entanto, se você puxar a cordinha para o objeto se mexer, o cachorro logo irá correndo até lá. Só tome cuidado para não deixar o objeto muito longe, pois muitos cães são míopes e a distância que eles enxergam varia bastante de cachorro pra cachorro.

Aki o: A visão do seu Cão
Dicas para sociabilizar seu filhote

No artigo anterior, falamos sobre a importância de sociabilizar o filhote durante os três primeiros meses de vida, e todos os benefícios que isso pode trazer à vida do animal.Veja agora algumas dicas que vão te ajudar a apresentar o mundo ao filhote!

Quem é você?

Você pode começar a sociabilizar o cãozinho introduzindo novas pessoas ao convívio dele. Como já dissemos aqui, um dos problemas mais comuns que alguns cachorros adultos enfrentam é o medo de pessoas estranhas. Por isso, é super importante apresentar gente nova ao cão nesta fase.

O ideal é fazer esse processo com vários tipos de pessoas, de diversas etnias e idades: homens, mulheres, brancos, negros, orientais, crianças e idosos. Não se esqueça de fazê-lo conviver também com indivíduos que têm características marcantes, como carecas, homens com barba, pessoas que costumam falar alto, etc.

Quanto mais gente, melhor!

Isso porque, os cães tendem a dividir as pessoas que eles conhecem em diferentes grupos, que podem variar conforme uma determinada característica. Por exemplo: se seu cachorro tem medo de homens que usam barba, ele poderá estranhar até alguém da casa que deixar a barba crescer. Justamente por este motivo, é importante que o filhote tenha contato com uma grande quantidade de pessoas, para que assim ele se acostume com a diversidade de gente que poderá encontrar ao longo da vida. Não existe um número certo de indivíduos pra seguir durante o treino. Quanto mais, melhor!

Que medo…

E como fazer para o filhote não se assustar com toda essa gente nova? Uma maneira bacana é pedir para a galera que está sendo apresentada oferecer petiscos para o cão. Importantíssimo: impeça que as pessoas tenham atitudes muito bruscas, como tentar agarrar o cachorro, por exemplo. Se o cão ficar traumatizado, ele pode se apavorar com qualquer humano estranho que se aproxime dele.

Cãopanheiro

Muita atenção também ao sociabilizar o filhote com outros cães adultos. A melhor maneira de iniciar uma aproximação, é controlar o outro cachorro, para que ele não assuste o mais novo, principalmente se o cão mais velho for bem agitado e afoito. Às vezes, no intuito de brincar com o novo amigo, ele pode acabar amedrontando o filhote.

Se o seu cachorrinho for mais sapeca, e o outro cão mais tranqüilo, controle o filhote durante a aproximação, para ele não acabe se machucando, caso o mais velho fique de saco cheio e reaja de forma mais agressiva, querendo ficar na dele… Somente deixe os dois sozinhos quando perceber que nenhum deles está incomodado ou com medo na presença do outro.

Aumigo gato

O mesmo serve para apresentar um outro bichinho de estimação ao filhote, como um gato, por exemplo. Procure deixar o gato dentro de uma caixa de transporte e associe o encontro a coisas boas para ambos, como brincadeiras e petiscos. Quando já estiverem mais à vontade com a situação, abra a caixa de transporte, e o felino sairá sozinho caso já se sinta seguro na presença do cão. Não force a barra! No começo, lembre-se de manter o filhote na coleira e na guia. Assim, se ele começar a correr em direção ao bichano, você poderá travar a guia e repreender o comportamento errado.

Troço esquisito…

Uma outra dica bacana é brincar com o filhote, ou alimentá-lo próximo a objetos diferentes, como vassouras e aspirador de pó. Isso vai contribuir para que ele não tenha medo dessas coisas.

Objetos em movimento como motos, carros e caminhões também assustam muitos cães. Procure associar o contato com estes veículos a momentos legais para o animal, fazendo carinho ou dando alguma guloseima pra ele durante a aproximação.

Por que é importante sociabilizar os filhotes?

Você já deve ter conhecido ou ouvido falar de algum cachorro que se assusta com o barulho de fogos de artifício, ou que tem medo de outros cães e pessoas estranhas. Pois saiba que estes, e vários outros problemas comportamentais, podem ser conseqüências lá da infância desses cachorros…

Neste artigo, você vai entender a importância de sociabilizar o cão desde filhote, e os enormes benefícios que isso pode trazer para a vida dele.

Fazendo um social…

Em primeiro lugar, é fundamental ressaltar as vantagens desta sociabilização. Se for feita direitinho, contribuirá para que o cão seja menos medroso com gente estranha e menos agressivo diante de objetos e outros animais. Sociabilizar o cachorro desde filhote também ajudará a amenizar a ansiedade dele durante passeios em locais bem movimentados, e o pavor de sons muito altos, como fogos de artifício ou, até mesmo, o barulho do aspirador de pó.

Também é bacana habituar o cãozinho à presença de crianças e outros bichos, como um gato, por exemplo. É muito mais fácil fazer isso quando o cachorro é filhote do que depois de adulto, e evita uma série de problemas futuros. Se ele for acostumado desde pequeno a conviver com crianças e outros animais, aumenta as chances de todos terem uma convivência pacífica quando o cachorro crescer.

Isso quer dizer o quê?

Você deve estar se perguntando: e como se faz essa sociabilização? A melhor maneira é ir introduzindo a vida do filhote, aos poucos, o contato com uma grande variedade de estímulos diferentes: outro bicho no pedaço, o barulho do liquidificador ou do aspirador de pó, crianças na casa, entre outras novidades.

Um detalhe importantíssimo: sempre tome muito cuidado para que essas novas experiências sejam agradáveis e seguras para o animal. É normal notar um pouco de receio inicial por parte do filhote, mas o cão não deve demonstrar medo!

O jeito mais fácil de identificar se o cachorro está com medo é prestar atenção na reação dele diante de algumas situações. Por exemplo: quando você brincar com o cão, ou oferecer petiscos, se ele ficar com a cauda recolhida entre as patas traseiras, é porque está assustado. Se não estiver, tudo está indo bem e você pode continuar mostrando as novidades, sempre de forma gradual.

Questão de tempo

E, embora você deva fazer essas apresentações aos poucos, é importante também saber que você não terá muito tempo para realizar o processo. Isso porque, o período ideal para fazer essa sociabilização é até os três meses de vida.

Agora, se o seu cachorro já passou dessa idade, não precisa arrancar os cabelos… Ainda dá!!! É possível sociabilizar o animal depois dos três meses, mas pode demorar um pouco mais para ele se acostumar e nem sempre os resultados vão durar por muito tempo.

À espera de um milagre…

Tenha em mente que a sociabilização não é uma solução milagrosa para todos os problemas… Embora, com certeza ajude e muito!

Ao sociabilizar o cão, mudanças profundas acontecerão na maneira como o cérebro do animal vai processar várias informações, fazendo com que ele aprenda coisas novas mais rapidamente e reaja mais naturalmente em diversas situações.

No entanto, não é garantia de que o cachorro não ficará medroso ou não será agressivo, pois isso também depende do temperamento de cada animal. No próximo artigo, você conhecerá algumas dicas que poderão te ajudar a fazer a sociabilização de seu filhote.

Chega de latidos: dicas para enssinar seu cão a latir menos

Seu cachorro é daqueles que latem a toda hora? O latido exagerado pode ser um grande incômodo, e ainda causar muita dor de cabeça aos proprietários. Mas por que alguns cães latem tanto assim?

Mal acostumado

Por incrível que pareça, muitos cachorros acabam desenvolvendo esse comportamento incentivados pelos próprios donos! Isso porque, para fazer o bicho parar de latir, muitos proprietários acabam dando ao cão o que ele quer. E, uma vez que o cachorro percebe que, latindo ele consegue o que deseja, ele poderá começar a latir pra pedir qualquer coisa…

A situação pode até piorar se, de uma hora pra outra, o dono simplesmente ignorar os latidos. Aí é que eles tendem a aumentar ainda mais. Por isso, é importante que você saiba como evitar que esse tipo de comportamento aconteça.

Conheça agora algumas dicas que te podem te ajudar a ensinar seu cão a latir menos.

Agenda lotada

Como já dissemos antes aqui no blog, cães que não fazem nenhuma atividade durante o dia todo tendem a desenvolver com maior freqüência vários problemas comportamentais, inclusive os latidos em excesso. Sendo assim, antes de qualquer coisa, o primeiro passo é você manter a agenda de atividades do seu cão sempre lotada!

Passeios, exercícios, brincadeiras e adestramento são ótimas opções para afastar tédio de maneira saudável.

Realizar essas atividades, além de manter o cachorro entretido, também provoca um relaxamento físico e mental, funcionando como um antidepressivo para o animal. Os passeios diários em especial são excelentes, pois servem tanto para o cão se exercitar, como também fornecem muitos estímulos visuais, auditivos e olfativos, que são essenciais para que o cachorro desenvolva seu contato com o mundo. Este momento que o seu bicho de estimação passa junto com você, também é importantíssimo pra ele.

Pequenos gestos

Isso porque, é dessa convivência entre cão e dono que podem surgir alternativas pra substituir os latidos. Quando late, o cão está tentando te dizer alguma coisa. Muitas vezes ele até tentou pedir de outra forma, mas você pode não ter percebido… Um cachorro que olha fixamente para a maçaneta, por exemplo, pode estar tentando “pedir” para alguém abrir a porta.

Por isso, procure prestar muita atenção nestas mensagens e sempre que o cão usá-las pra pedir as coisas, ao invés de latir, recompense-o com carinho ou petiscos, para que animal associe esta forma de se comunicar a algo mais vantajoso pra ele.

Não entendi, fala de novo…

Também é muito importante que o cão não consiga o que quer, quando está latindo. Uma dica bacana para controlar esse tipo de latido, é associá-lo a uma coisa desagradável para o animal. Por exemplo, se seu cachorro começar a latir, pendido algo, borrife um spray de água como um gosto amargo na boca dele, ou dê um pequeno susto balançando uma lata cheia de moedas.

Quando o cão perceber que, se ele latir vai acontecer uma coisa nada legal, ele passará a usar outras formas de se comunicar com você e os latidos tendem a diminuir.

Importante: se você tiver mais de um cão, cuidado para não assustar os outros cachorros com a bronca. Neste caso, prefira utilizar o spray de água, que pode ser direcionado somente àquele que late demais.